Galo Maurice (nos braços de sua dona) pode cantar à vontade |
Enquanto no Brasil uma senhora idosa foi condenada a 25 dias de prisão ao ser denunciada pelo barulho provocado com o cantar de seus quatro galos, um tribunal francês autorizou, nesta quinta-feira,
05, que o galo Maurice continue cantando,
rejeitando a queixa de vizinhos contra a ave cantante.
Segundo os vizinhos, o canto do galo era
muito alto e os acordavam muito cedo, razão pela qual decidiram entrar com uma
ação na justiça para calar o galo Maurice.
Os reclamantes não obtiveram êxito e ainda terão que pagar à proprietária
do galo mil euros a título de danos morais.
Denunciado na justiça por dano sonoro pelos
proprietários de uma residência de veraneio na ilha turística de Oleron, no
Sudoeste da França, o galo Maurice se
tornou um símbolo da resistência rural na França, onde uma petição para “salvá-lo”
recebeu mais de 140 mil assinaturas em todo país.
O advogado Vincent Huberdeau, que representava
os autores da denúncia, negou que se tratasse de um julgamento da cidade contra
o campo, enfatizando que se tratava de um problema de dano sonoro. “O galo, o
cachorro, a buzina, a música, tudo isso é um caso de barulho”, argumentou o
advogado.
Por sua vez, a dona do galo disse que nunca
tinha recebido queixas do carcarejo de Maurice,
destacando que “os galinheiros sempre existiram e que entre 40 vizinhos,
apenas dois se sentiram incomodados. Na sentença o juiz lembrou que “o campo
tem direito a seus ruídos e o galo tem direito de cantar”.
Em virtude da implicância de forasteiros que
chegam ao campo tentando impor a lei do silêncio nos animais, o prefeito Bruno
Dionis du Séjour, da pequena cidade de Gajac, na França, enfurecido, publicou
uma carta defendendo o direito dos sinos das igreja a tocar, das vacas mugir e
dos burros zurrar.
Assista o vídeo abaixo com o depoimento do prefeito da cidade francesa:
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