Quem teve uma morte mais que inusitada foi o
atleta Waldonilton de Andrade Reis, 43 anos, que morreu na quinta-feira, 23,
depois de engolir uma abelha enquanto pedalava na orla da Ponta Negra, em
Manaus/AM. Ele era bicampeão Norte-Nordeste de remo pelo Clube de Remo do Pará
e sua morte foi lamentada.
O ato ocorreu no dia 06 de março, quando o
atleta liderava uma equipe de ciclistas na orla e sem querer acabou engolindo
uma abelha e começou a passar mal. A família reclamou da falta de atendimento
médico imediato, pois o Samu (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência) foi
acionado e demorou a chegar.
O Corpo de Bombeiros também foi acionado, mas
ao chegar ao local não tinha médico na equipe. O atleta foi levado para uma
unidade de saúde, onde recebeu atendimento e morreu 21 dias após ao ter morte
cerebral por causa de um choque anafilático, que o deixou mais de três minutos
sem oxigênio no cérebro.
A irmã do atleta disse que o médico falou que o
cérebro consegue ficar até três minutos sem oxigenação. “Se tivesse tido um
atendimento adequado, um médico, um serviço de Pronto Atendimento ou um
hospital naquele local, alguém poderia ter executado o procedimento correto de
primeiros socorros”, disse ela.
Ainda segundo familiares de Waldonilton, o espaço
onde o ciclista costumava treinar é muito procurado para atividades de lazer e
esporte de alto rendimento em Manaus, mas não há suporte médico no local. Para
os amigos do atleta, ele poderia hoje estar vivo se não fosse a falta de
responsabilidade dos governantes.
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