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29/02/2024

Capitão assunção é preso por descumprir medidas cautelares e debochar do judiciário

Capitão Assunção está alojado no Presídio Militar

Há um velho ditado que diz: “Macaco que muito mexe quer chumbo”. E foi justamente o que aconteceu com o deputado estadual do PL do Espírito Santo, bolsonarista capitão Assunção. Ele foi preso pela Polícia Federal na noite de quarta-feira, 28, e levado para a sede da Polícia Federal, situada em Vila Velha, Grande Vitória.

 

A sua prisão foi determinada pelo ministro do STF (Supremo Tribunal Federal), Alexandre de Morais, em atendimento a pedido do Ministério Público do Espírito Santo feito em janeiro de 2023, por descumprimento de medidas cautelares. Ele, que usa tornozeleira eletrônica, chegou a tirar o aparelho durante um discurso.

 


Capitão Assunção foi levado ao DML (Departamento Médico Legal) de Vitória para passar por exames, depois de prestar depoimentos em São Torquato. Em seguida foi para o quartel da Polícia Militar em Maruípe, Vitória, onde passou pela corregedoria da PM e logo depois levado para uma cela do Presidio Militar.

 

O deputado militar é investigado nos atos terroristas de 08 de janeiro de 2023 e por várias vezes desrespeitou as medidas cautelares, numa tentativa de dar uma demonstração de que está acima da lei. Inclusive tirou a tornozeleira em sessão da Assembleia Legislativa e ainda bateu o aparelho sobre a mesa, com deboche.

 


Ele chegou a ser expulso da corporação durante o governo de Paulo Hartung por incentivar greve da Polícia Militar, mas foi anistiado pelo atual governador Renato Casagrande e reintegrado à corporação. Desde então se tornou ferrenho inimigo do governador que o trouxe de volta para os quadros da Polícia Militar.

 

O capitão responde pela morte do motociclista Ernani Gomes da Silva, que seguia pela rodovia que liga Barra de São Francisco a Ecoporanga, ambos no Noroeste capixaba, quando foi atingido pelo veículo do capitão Assunção e atirado do outro lado da rodovia. Até o momento o caso não foi a julgamento.

 


O choque foi tão violento, que a moto da vítima foi parar do outro lado da rodovia. Apesar de estar com a CNH vencida desde junho de 2017, dirigindo em alta velocidade um carro da Assembleia Legislativa em pleno recesso e, segundo motoristas, na contramão, um Inquérito Policial o indiciou por homicídio culposo.

 

O resultado do referido inquérito, que segundo os amigos da vítima “premia o deputado pelo ato ilícito e não elucida nada”, foi motivo de críticas nas redes sociais e entre pessoas que conheciam Ernani. “Se ele não fosse deputado, com certeza teriam sido mais rigorosos nesse inquérito”, disse um amigo da vítima.

 


“Tentaram culpar a vítima acusando-a de usar drogas. Se demorasse mais um pouco, o Ernani seria condenado. Absurdo. O cara em alta velocidade, com veículo oficial e na contramão tira a vida de uma pessoa e ainda é indiciado por crime culposo. Ele assumiu o risco e tinha que ser era preso”, finaliza o amigo.

 

Após a prisão do capitão deputado, o senador Magno Malta, também do PL, divulgou vídeos nas redes sociais comentando a prisão, criticando a medida. Ele disse que o partido está do lado do deputado. “Esse tal Magno Malta é um câncer na política estadual e deveria ser preso junto com o capitão”, disse um internauta.

 



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