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02/12/2024

Ameaça de Trump, o velho louco, é bravata e o risco real é para os próprios Estados Unidos

Trump: bravatas de um velho esclerosado

Por *Elvécio Andrade

 

O presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump, voltou a causar polêmica ao ameaçar os países do grupo BRICS (Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul) com uma tarifa de 100% sobre produtos exportados para seu país, caso substituam o dólar como moeda oficial no comércio internacional.

 

Trump afirmou que qualquer país que ousar tomar essa iniciativa "pode procurar outro otário" e deve se despedir dos Estados Unidos. A declaração, repleta de termos agressivos e de demonstração de insanidade mental, suscitou reações diversas e um debate sobre os impactos de uma possível guerra comercial.

 

Quem seria o maior prejudicado

 

Caso o Brasil decida aderir a uma moeda alternativa ao dólar no comércio internacional, os produtos brasileiros exportados para os Estados Unidos, como café, lingotes de aço, minério in natura e petróleo bruto, seriam alvo da tarifação proposta. No entanto, essa medida também poderia gerar impactos adversos para os próprios EUA.

 

Por exemplo: Construção civil estadunidense ficaria em risco pois lingotes de aço são insumos fundamentais para a construção civil e uma elevação brusca em seu preço prejudicaria diretamente a economia estadunidense; e a dependência energética, já que o petróleo bruto brasileiro é uma importante fonte de energia para os Estados Unidos, e taxá-lo tornaria sua importação mais cara, afetando setores industriais e consumidores estadunidenses.

 

Além disso, o Brasil poderia retaliar, sancionando produtos industrializados importados dos EUA, como máquinas, veículos e produtos eletrônicos. Isso abriria ainda mais espaço para a China, que já é o maior parceiro comercial do Brasil, fortalecer sua posição no mercado brasileiro e se tornar quase um fornecedor exclusivo de bens industrializados.

 

Bravata do velho louco é tiro no pé

 

Embora a retórica do velho louco Trump seja agressiva, especialistas afirmam que tal medida seria prejudicial para os próprios Estados Unidos. Diferentemente de produtos industrializados, que enfrentam concorrência acirrada no mercado global, as commodities exportadas pelo Brasil possuem alta demanda, o que garante alternativas de mercado para o país. Por outro lado, os bens exportados pelos EUA perderiam competitividade no Brasil caso fossem taxados, beneficiando diretamente os produtos chineses.

 

Além disso, uma guerra comercial desse porte desafiaria a soberania dos países do BRICS, o que já provocou reações contundentes de outros membros do bloco. Líderes internacionais consideraram as ameaças de Trump como bravatas típicas de sua postura insana e afirmaram que, na prática, elas seriam difíceis de implementar sem prejudicar ainda mais a posição dos Estados Unidos no comércio global, que já não é nada boa.

 

Comemoração de bolsonaristas desinformados

 

Apesar do evidente desequilíbrio nas consequências de uma eventual guerra comercial entre Brasil e Estados Unidos, parte da base bolsonarista no Brasil celebrou as declarações do desequilibrado Trump, ignorando os potenciais impactos negativos para os próprios Estados Unidos e a realidade do comércio internacional. Muitos desconsideram o fato de que, enquanto os EUA dependem de insumos estratégicos como petróleo e aço brasileiro, o Brasil já possui na China um parceiro mais consolidado e crescente, o que torna os Estados Unidos descartáveis.

 

As declarações de Trump refletem sua postura combativa e protecionista, mas levantam questões sobre a viabilidade e os impactos de uma possível escalada comercial entre os EUA e os países do BRICS. Embora tais ameaças sejam vistas por muitos como mais um gesto retórico do lunático presidente eleito, elas reforçam a necessidade de diversificação econômica e fortalecimento das relações entre os países do BRICS, que têm buscado alternativas para diminuir sua dependência do dólar. No entanto, uma coisa é certa: uma guerra comercial seria tão ou mais prejudicial para os Estados Unidos quanto para os países que pretendem punir.

 

*Elvécio Andrade é radialista, jornalista, escritor e advogado especialista em direitos Constitucional e Administrativo

 

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