Um Pet Shop,
que a polícia escondeu da sociedade o nome, é acusado de mentir para o dono de
um cachorro da raça Yorkshire de que ele tinha morrido infartado ao se assustar
com uma tempestade, mas que meses depois o animal foi achado vivo. A não
divulgação do nome do Pet Shop bota em risco os outros animais.
O cachorro de
nome Flash, de 13 anos, foi deixado no estabelecimento em 17 de agosto pelos
donos, porque tinham de fazer uma viagem de uma semana. Quando retornaram,
foram informados pela veterinária da morte do cão. Como a dona do Pet Shop não
entregou a coleira do animal, os donos desconfiaram.
Ao registrar o
Boletim de Ocorrência, os donos de Flash exigiram que ele fosse desenterrado, e
dentro do saco foram encontrados materiais orgânicos de outros animais, como
pedras vesiculares e órgãos. “É um absurdo. A veterinária disse que tinha
acompanhado o enterro”, disse Augusto Xavier, tutor do cachorro.
Diante da descoberta a família passou a usar as
redes sociais para denunciar o desaparecimento do cão, até que na quarta-feira,
29, uma pessoa que havia encontrado o animal, mas que pediu para não ser
identificada, entrou em contato com a família e Flash finalmente retornou ao
seu lar, onde foi bem recebido.
A pessoa disse aos donos de Flash que ao
encontrar o cão comunicou ao Pet Shop, mas a proprietária não aceitou o animal
de volta, alegando que já tinha comunicado aos donos a sua morte. Em virtude
disso ela levou o cachorro pra casa, onde permaneceu até ela ver o comunicado por
meio das redes sociais.
“A pessoa que encontrou o Flash chegou a ligar
para o Pet Shop comunicando que o havia encontrado, mas a proprietária a
orientou a tirar o lenço e a coleira dele, queimar tudo e ficar com o cachorro,
pois ela (a responsável pelo Pet Shop) já tinha informado à família que o
cachorro estava morto”, disse Augusto Xavier.
O caso aconteceu em Bagé, no Rio Grande do Sul.
“Essa atitude da proprietária do Pet Shop é absurda e precisa ser penalizada para
que não venha a ocorrer com outros animais na mesma situação. Que a justiça
seja feita”, disse o tutor do cachorro. O caso está sendo investigado pela
Delegacia de Polícia de Bagé.
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