Os policiais militares que assassinaram com mais de 44 tiros o jovem Danilo Lipaus Matos, 20 anos, continuam soltos e sofreram
apenas o afastamento de suas funções. O crime bárbaro que revoltou não apenas os
parentes e amigos da vítima foi praticado na noite de sexta-feira, 31, no
Bairro Aeroporto, em Colatina, no Noroeste do Espírito Santo, durante uma abordagem
policial.
Danilo, que era vistoriador de veículos, estava em
uma caminhonete Strada e não parou durante a abordagem possivelmente por medo
de perder sua CNH (Carteira Nacional de Habilitação). Foi nesse momento que os
policiais despreparados sacaram de suas armas e atiraram contra ele mais de 40
vezes.
Ao todo foram disparados 44 tiros contra o veículo
do jovem, sendo 15 pelo sargento Renan Pessimílio, 15 pelo soldado Eduardo
Nardi Ferrari, 12 pelo cabo Rodrigo de Jesus Oliveira e dois pelo soldado Ramon
Lucas Rodrigues Souza. O único que não fez disparos foi Guilherme Martins,
porque estava na Viatura. Nenhum dos policiais envolvidos tinha sido preso até
a publicação desta notícia.
Josenildo Matos, pai do jovem executado friamente
pelos policiais, está revoltado e clama por justiça. “Meu filho não era
bandido, não tinha arma, não oferecia perigo e não cometeu crime algum. Mesmo
assim foi brutalmente assassinado com mais de 40 tiros por aqueles que deveriam
proteger”, disse.
Em seu desabafo, Josenildo afirma que os assassinos
tiraram dele o direito de ver o filho sorrir, de abraça-lo e de sonhar com o
seu futuro. “A dor que sinto é impossível de descrever, mas minha luta por
justiça não vai parar. Meu filho não pode ser apenas mais um número, mais uma
estatística. Que essa crueldade não fique impune”, disse Josenildo, que pede
ajuda para que a justiça seja feita.
Um amigo da família destacou que com toda certeza a
corporação fará vista grossa para mais esse crime bárbaro praticado por
policiais despreparados, que se julgam deuses quando estão com uma arma nas
mãos. “São erros grotescos que ocorrem com frequência e quem assiste noticiários
policiais sabe disso. Essa corporação é protetora de assassinos. De
delinquentes fardados”, disse ele.
“O interessante é que esses policiais só agem assim
diante de pessoas inofensivas. Nunca ouvi falar que gastassem tanta munição
dessa forma quando sobem os morros. Viram gatinhos e até chamam bandidos de
doutor. Alguma coisa precisa ser feita para reestruturar a Polícia Militar, que
se transformou num antro de assassinos e o Governo do Estado se mantém omisso”,
acrescentou.
Os policiais envolvidos foram afastados das funções
pela Sesp (Secretaria de Estado da Segurança Pública), e a Corregedoria da
Polícia Militar determinou abertura de inquérito para apurar o caso. As polícias
Civil e Científica também farão investigação rigorosa com acompanhamento do
Ministério Público. Já a associação dos policiais militares disse que a ação
dos assassinos foi legítima.
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