O delegado da
Polícia Civil Rhudson Barcelos foi afastado das investigações do duplo
assassinato praticado por Marco Aurélio da Silva, 36 anos, contra a técnica em
enfermagem Alcione Malheiros Teixeira Ribeiro, 42 anos e a filha dela, Ana
Júlia Teixeira Fernandes, 16 anos, no domingo, 12, em Guanambi, na Bahia.
O afastamento se deu
porque em entrevista coletiva à imprensa ele praticamente culpou as vítimas
pelo acontecimento trágico, associando o fato às roupas que as vítimas estavam
usando no momento do crime. Segundo o delegado o crime não foi premeditado,
pois o assassino não tinha a intenção de praticar o estupro.
“Foi uma coincidência,
porque quando ele saiu do trabalho, por volta de meio dia, ele andando pela
avenida se deparou com as duas, com aquelas roupas de malhação, de caminhada,
obviamente chamando atenção. Ele disse que daí começou a ter desejo sexual de estupra-las
e as seguiu”, relatou o delegado.
As palavras do
delegado não foram bem aceitas pela população, que na noite de quarta-feira
seguinte se reuniu na porta da delegacia em protesto contra o delegado. Em nota
a Polícia Civil comunicou o afastamento do delegado Rhudson. Agora o caso ficará
a cargo do delegado Giancarlo Giovane Soares.
A insatisfação com a forma de investigação do
caso continua e familiares e amigos das vítimas marcaram para este sábado, 18,
uma passeata saindo do Marco Zero da cidade até a sede da 22ª Coorpin (Coordenadoria
de Polícia Civil do Interior), contra o machismo e pedindo uma Delegacia da
Mulher na cidade.
Marco Aurélio, que já está preso, acompanhado
pelo filho de 16 anos matou as vítimas a pedradas, mas não chegou a concretizar
o estupro. Segundo informações da polícia, no momento do crime o assassino
estava drogado e fugiu deixando a moto para trás, o que possibilitou a sua
identificação pela polícia.
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