O ato “Justiça,
Memória e Reparação: um ano de massacre em Aracruz”, será realizado no sábado,
25, em Aracruz, no Litoral Norte do Espírito Santo. O objetivo do ato é trazer
a memória das vítimas ao ataque às escolas em Aracruz e exigir justiça e
reparação para as famílias das vítimas e à comunidade escolar.
Visa ainda
denunciar sucessivas ações de violência no Brasil por criminosos vinculados a símbolos
nazistas, com ataques a escolas que atingem mulheres e crianças. No ataque
realizado contra as escolas de Aracruz, as professoras Flávia, Cybelle e Maria
da Penha, além da estudante Selena, perderam a vida.
Diversas
entidades participarão da atividade, dentre as quais o MAB (Movimento dos
Atingidos por Barragens), do qual Flávia Amboss Merçom, uma das vítimas daquele
ataque, era militante e coordenadora. O ato iníciará com uma vigília às 07h30m,
frente à EEEFM (Escola Estadual de Ensino Fundamental) Primo Bitti.
A partir das
09h haverá uma caminhada com o Ato Público e Marcha por Justiça, Memória e
Reparação, até o CEPC (Centro Educacional Praia de Coqueiral), onde o ato será
finalizado. Vale lembrar que no dia 25 de novembro de 2022, um jovem armado e usando
uniforme do Exército, invadiu as duas escolas atirando.
O monstro
neonazista, que na época tinha 16 anos, foi preso horas após o crime, em uma
ação conjunta das polícias Civil e Militar, e no dia 07 de dezembro foi
condenado pelo juiz da Vara de Infância e Juventude de Aracruz a três anos de
internação, que é o tempo máximo que um delinquente menor pode ser preso.
Vale destacar que no dia 06 de setembro último o MAB encaminhou ao Ministro de Direitos Humanos, Sílvio Almeida, reivindicações referentes ao fato, como exigir que o governo capixaba peça desculpas publicamente de forma oficial a todas as famílias atingidas, e vítimas diretas ou indiretas do atentado neonazista.
Consta ainda da
lista de reivindicações encaminhada ao ministro, a exoneração do PM pai do
menor infrator por crime de apologia ao nazismo em redes sociais,
reconhecimento das duas escolas atacadas como atingidas, dando tratamento digno
às mães, aos pais, aos profissionais e estudantes vítimas da tragédia.
Quer ainda o
MBA, que a Escola Estadual Primo Bitti seja transformada em um memorial para as
vítimas destes e demais crimes de ódio ocorrido no Brasil, levando o nome de
Flávia Amboss Merçom. Vale destacar que o crime teve inspiração na política de
armamento promovida à época pelo então presidente.
Uma Ação Civil
Pública foi ajuizada pela Defensoria Pública Estadual contra o Estado do
Espírito Santo, pleiteando reparação aos danos individuais e coletivos causados
pelo atentado às escolas. A ação tramita na Vara da Fazenda Pública Estadual e
Municipal, Registro Público e Meio Ambiente da Comarca de Aracruz.
Relembre como foi o atentado praticado pelo adolescente neonazista que matou quatro pessoas e feriu várias outras clicando nos links abaixo:
Ato terrorista em escolas capixabas pode ser consequência do incentivo ao uso de armas
Frustração. Terrorista adolescente não poderá ser punido pelos crimes por ele praticados
Terrorista adolescente que atacou escolas de Aracruz cumprirá só três anos de internação
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